sábado, 11 de abril de 2009

Não basta abrir a janela para ver os campos e o rio.

Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Com filosofia, não há árvores, há idéias apenas.

Há só cada um de nós como uma cave.

Há só uma janela fechada, e todo mundo lá fora.

E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,

que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

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