domingo, 2 de março de 2008

VIVER

Meu ofício,
minha arte,
é viver.
Quem me censura
por falar de mim,
de minha vida
e de
meus
próprios
sentimentos,
que vá proibir
um arquiteto de se referir
às suas próprias construções.
Eu me mostro por inteiro,
como peça anatômica,
cujas veias,
músculos,
tendões,
são visíveis
em seus lugares.
Mas
as pulsações
e o que se passa
dentro de mim,
estes são eu mesmo.
É sobre
eles
que falo,
sobre minha essência.

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