Toda vez que se inaugura um palco, os Deuses do Teatro ficam contentes e festejam.
Não porque ganharam um novo templo, são Deuses humildes, não querem ser adorados.
Nem gostam.
Mas porque sabem que assim os homens ao redor serão mais felizes.
Terão ali a oportunidade rara de assistir a própria grandeza, de ver espelhada ali a sua própria grandeza.
Ali serão vividas grandes amizades e amores.
Ali todos trabalharão juntos, criando acontecimentos que jamais ocorreriam sem o palco.
O palco sabe que não é apenas tábuas no chão.
Que é um gerador de significados.
Ali é o lugar onde a imaginação ficará livre, sendo a imaginação o único campo em que um homem é realmente livre.
Ali serão discutidos os problemas da comunidade, porque o palco sempre foi a melhor tribuna.
Ali, homens diante de homens falarão de sua alma.
Discutirão e compartilharão alegrias e tristezas como se fossem um só.
Trabalharão alegremente por um mundo melhor e mais solidário.
Inaugurar um teatro é criar uma ilha de liberdade.
De lucidez.
De solidariedade (nada une mais as pessoas do que o teatro).
Não é somente um local de diversão.
É isso também.
Mas, principalmente, é um lugar de reflexão, de descoberta, da revolução e do encontro com o outro.
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