Poesia,
essa safada louca
que me escorre pela boca,
me come inteira e me cospe na cara
palavras, pronomes, palavrões.
Essa louca que me toma pela mão
e me indica a dúvida certa,
rasgada, pronta;
num frenesi de devoção,
em meio aos gorjeios de uma pseudo bondade.
Essa louca,
linda,
ilimitada dona
de minhas tardes, madrugadas, dias.
Como,
cago,
escarro
nesse chão barato
minha musa:
Poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário