quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Não basta abrir a janela para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia, não há árvores, há idéias apenas.
Há só cada um de nós como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo mundo lá fora.
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

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