Tudo mudou.
Homens, coisas e animais mudaram de lã ou de pele.
As palavras já não são as mesmas do tempo em que estudávamos gramática com os olhos míopes das professoras. Nádegas e pernas das mestras – objeto direto do nosso desejo – ofuscavam o interesse pela didática.
Olho o mundo de todos os ângulos possíveis e tudo me parece oblíquo.
É a civilização globalizada, a cultura de massa, a sagração do factóide, a fragmentação dos idiomas.
Corta-se a palavra em frações microscópicas.
A vida, o amor, a morte, a realidade:
tudo agora virou fast food.
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