Mania besta do ser humano de se queixar da vida.
Mas quem aqui nunca desejou morrer, mesmo que da boca pra fora?
E antes de ir, eu gostaria de algumas coisas desta vida:
Eu queria voltar a ter o corpo que tinha quando malhava frenéticamente. Até que estou em forma mas poderia ser melhor [afinal de contas sou mulher].
Reencontrar algumas pessoas que passaram e se foram.
Encontrar algumas pessoas que o destino ou a distância me impediram de encontrar,
e nunca mais na minha vida dar de cara com algumas pessoas [as insuportáveis] em alguma rua qualquer.
Mas quero principalmente mais gente nova chegando na minha vida!
Eu quero um amor maior que eu. Amor cheio de dramas e comédias!
E quero nunca mais precisar de mentiras sinceras.
Muitas noites em claro, enrolando minhas pernas em outras pernas.
Quero uma casa nossa, pra chamar de minha. E se der pra incluir, cercas brancas e muitos gatinhos siamêses (se dane a minha sinusite!).
Quero poder ver meus filhos lindos, inteligentes, artistas [anônimos, claro] e com saúde.
Nunca mais ter que me despedir de pessoas que amo.
Quero ainda banhos de chuva, dias frios regados a vinho e fondue de chocolate,
dias quentes com conversas e amigos na beira da piscina.
Não quero dinheiro sobrando, mas quero o suficiente pra não ter que ficar contando.
Antes de eu ir de vez, queria umas oito tatuagens.
Eu quero perder algumas manias: não ficar coçando os olhos o tempo todo [mesmo porque eu uso lentes né?!].
Quero deixar pelo caminho alguns pesos e levar bagagens mais leves.
Quero nunca perder a risada frouxa que tenho, o meu jeito sarcástico e essa dose de humor.
E que Ele permita que eu não fique mais incendiária do que já estou.
Mais sorvete.
Mais pistas.
Mais lugares a descobrir!
Mais vibe!!
Mais abacate.
Mais litros e litros de água, mais vodca!
Muito mais músicas.
Muito mais danças.
Mais conversas fiadas.
Quero ter no caminho algumas boas surpresas.
Algumas pedras ainda pra que nunca esqueça do quanto é difícil o caminho.
Quero não ter mais essa inquietude.
Essa urgência e essa pressa.
No dia que eu me for de vez, quero sentar e sentir tranqüilidade de pensar que no fim tudo deu certo.
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