domingo, 4 de abril de 2010















Estar dentro de uma normalidade pode de alguma forma, em uma conjuntura especifica fugir do que é aceitável como normal. A normalidade social é a média de todas as ações praticadas por todos os seres humanos, desta maneira abre espaço para varias variáveis, a partir do momento que um ato é repetido, executado com determinada freqüência, ele acaba por virar de certa maneira uma ação “normal”.

Fumar maconha é um ato normal para as novas gerações, sexo antes do casamento também pode ser tomado como exemplo, o que antes era um ato que contrariava os bons costumes da sociedade, hoje é um ato banal e mais precisamente “normal”, transar com o namorado ou semelhante.

Acidentes de transito são normais, podem não ser aceitáveis em determinadas quantidades e condições, mas não deixam de serem normais, assim como a morte é normal. Resumindo grosseiramente, pigarro, masturbação, traição, hemorragia, pornografia, mentiras, desgraças e aids, são coisas normais. O que classifica então uma pessoa de anormal? Apenas o contexto, essa é a resposta.

Um escritor em terra de analfabeto, um analfabeto na academia brasileira de letras, um inocente na prisão, um assassino juiz, uma virgem no prostíbulo, uma prostituta freira. Posso afirmar que esses exemplos não podem ser taxados como sendo anormais e sim apenas como estando anormais em um determinado ponto de vista, a partir do momento que o individuo volta a conviver com os seus, isto é, com pessoas que tem as suas mesmas características, ela se torna então normal. Portanto todos são normais, depende apenas do ponto de vista.

Do nosso ponto de vista, um interno do manicômio é anormal, é louco, quem nos garante que no ponto de vista dele nós é que não somos os loucos, os anormais, e ainda quem comprova que não são eles que estão corretos? No ponto de vista dos Nardone (pais da Isabela, jogada pela janela) talvez sejamos anormais por não jogarmos nossos filhos pela janela, talvez eles sejam os únicos lúcidos suficientes para perceber desta maneira.

Comer cachorro é normal? É. Casar com a tia? Também. Me cortar em quando faço sexo? Sim. Todos somos normais ao olhar dos nossos semelhantes, mesmo quando dizem que não.

Pois, O pudor é o marketing inverso da vontade reprimida.

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