sábado, 12 de julho de 2008

ESQUECIMENTO

Já somos o
esquecimento
que seremos,
a poeira elementar
que nos ignora,
que não foi Adão e
que é agora t
odos os homens.
Somos apenas duas datas:
a do princípio e
a do término.
Não sou o insensato
que se aferra
ao mágico som
de seu próprio nome.
Penso com esperança
naquele homem
que não saberá o que
fui sobre a terra.
Abaixo do indiferente
azul do céu,
esta meditação
é um consolo.

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